quarta-feira, 4 de maio de 2011

Um quinto dos vertebrados corre risco de extinção!

ARARA AZUL
Nome Científico: Anodorhynchus hyacinthinus
Onde vive: Pantanal


Agência FAPESP – A má notícia é que um número crescente de aves, anfíbios, répteis, peixes e mamíferos tem se aproximado da extinção. A boa notícia é que o número poderia ser pior, não fossem as medidas de conservação colocadas em prática em todo o mundo nas últimas décadas.
Nesta terça-feira (26/10), em Nagoia, no Japão, durante a 10ª Conferência das Partes (COP 10) da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB), foi divulgado o resultado de um grande estudo que procurou avaliar o estado atual dos vertebrados no planeta.
O trabalho foi feito por 174 cientistas de diversos países, entre os quais o Brasil. Os resultados foram publicados na edição on-line da Science e sairão em breve na edição impressa da revista.
Foram analisados dados de vertebrados, incluindo as mais de 25 mil espécies presentes na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês). O problema é tão grande que o grupo afirma se tratar da sexta extinção em massa na história do mundo.
O estudo mostra que um quinto dessas espécies pode ser classificado como “ameaçado” e que o número tem aumentado. Em média, 52 espécies de mamíferos, aves e anfíbios se movem de categoria a cada ano, aproximando-se da extinção.
Do total de vertebrados existentes, 20% estão sob alguma forma de ameaça, incluindo 25% de todos os mamíferos, 13% das aves, 22% dos répteis, 41% dos anfíbios, 33% dos peixes cartilaginosos e 15% dos peixes com osso.
Nas regiões tropicais, especialmente no Sudeste Asiático, estão as maiores concentrações de animais ameaçados e, segundo o levantamento, a situação é particularmente séria para os anfíbios. A maior parte dos declínios é reversível, destacam, mas se nada for feito a extinção pode se tornar inevitável.
Os declínios poderiam ter sido 18% piores se não fossem as medidas de conservação da biodiversidade postas em prática. Esforços para lidar com espécies invasoras se mostraram mais eficientes do que as direcionadas a fatores como perdas de habitat ou caça, aponta o trabalho.
Os autores destacam a importância e a urgência das políticas públicas para conservação da biodiversidade. Segundo eles, decisões tomadas hoje poderão representar, daqui a 20 anos, uma diferença na área preservada das florestas atuais no mundo de cerca de 10 milhões de quilômetros quadrados – algo maior do que o tamanho do Brasil.
O artigo The Impact of Conservation on the Status of the World’s Vertebrates (doi:10.1126/science.1194442), de Michael Hoffmann e colegas, pode ser lido por assinantes da Science em http://www.sciencexpress.org/. 

A água em plantas e animais

As plantas têm ainda mais água do que os animais - a maioria delas é composta de 90 a 95% de água [fonte: BBC]. Assim como nos animais, a água regula a temperatura da planta e transporta nutrientes através dela. Em vez de obter água bebendo e comendo, contudo, as plantas a conseguem por meio do orvalho, da irrigação e da chuva. A água regula a temperatura das plantas e transporta os nutrientes por elas.
     As plantas recebem a água através de suas raízes, e as verdes a usam na fotossíntese, que é a maneira como elas produzem açúcar para alimentação. As plantas também precisam de água para sua sustentação. A pressão do processo de osmose - o movimento da água de fora para dentro das células - conserva as paredes celulares da planta.
     Quando você rega uma planta, ela absorve a água por meio da ação capilar. Depois, a água se move pelas raízes através de tubos chamados vasos de xilema. A água chega até as folhas da planta e é eliminada por meio de pequenos buracos chamados estômatos, que abrem quando a planta precisa se refrescar. Esse processo é chamado de transpiração e é parecido com a maneira como as pessoas (e alguns animais) transpiram. O dióxido de carbono também entra na planta por meio dos estômatos.
     O processamento da água é mais complexo em animais e pessoas, embora esses processos também sejam parecidos de várias maneiras. A água que você consome é absorvida na parte superior do intestino delgado por meio da osmose. Ela entra na corrente sanguínea e é transportada por todo o corpo. Ao contrário das células das plantas, no entanto, as dos animais não têm paredes celulares. É por isso que os animais possuem sistemas circulatórios. Caso contrário, nossas células iriam absorver água e sal até ficarem inchadas. Nosso sistema circulatório movimenta a água pelo corpo e a elimina quando é necessário por meio da transpiração e da urina.